Organicidades

Organicidades

Ensaio sobre o Meio Ambiente

É uma proposta seriada de exposição, desenvolvida pelo designer e artista visual Marcelo Rezende, iniciada em 2006 por conta de sua pesquisa sobre materiais orgânicos, sintéticos, recicláveis e técnicas de reaproveitamento dos mesmos. Aliando esses componentes aos de ordem tradicional das artes plásticas tais como: tintas e telas, o artista constrói uma linguagem onde pretende buscar o diálogo entre arte e a ecologia.

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Os elementos apropriados da natureza e do meio urbano transformam-se em símbolos gráficos ora abstratos, ora figurativos, mas sempre com novas significações particulares que visam articular a objetividade da matéria, à lógica do imaginário.
Concepção

O ponto de partida do trabalho é a investigação visual do processo de interação homem-natureza frente ao meio ambiente, e a instabilidade gerada por essa convivência. Estando em questão conceitos antagônicos como: ordem e caos, equilíbrio e desequilíbrio, espaço natural e urbano.

São construídas, inúmeras possibilidades, através de uma rede de percepções particulares entre o objeto e o espectador. Nesse caso, o objeto se propõe a reeditar os signos do cotidiano urbano e da natureza primitiva, instaurando uma nova ordem.

“Organicidades – Ensaios sobre o meio ambiente” foi desenvolvido em três fases: Natureza em Equilíbrio, Desequilíbrio Ambiental e Reequilíbrio.

-Natureza em Equilíbrio: Neste momento o homem evoluía, longe de tornar-se agressor do seu próprio meio. As obras produzidas utilizam-se principalmente de pigmentos naturais e orgânicos, como os extraídos do urucu, musgo, entre outros. Além da linguagem primitiva utilizada, apropria-se em escala 1:1, das formas orgânicas e de resíduos de folhas, caules e flores através de uma espécie de gravação.

Planeta Água – Acrílica sobre tela

-Desequilíbrio Ambiental: É o momento no qual vivemos, de caos, em que percebemos as conseqüências de nossos atos. Para expressá-lo são utilizados materiais recicláveis como plástico e alumínio. As formas são inspiradas na geometria da arquitetura urbana, que esquadrinha os espaços impregnados de concreto. Pela decomposição de materiais, expressa-se o mundo decomposto por ações humanas.

– Reequilíbrio: O vislumbre do tempo, em que o homem com toda sua tecnologia e conhecimento irá coexistir com a natureza de forma equilibrada. Serão unidos materiais e técnicas citados anteriormente, evidenciando o contraste entre o orgânico e o sintético, buscando harmonizá-los, sinalizando uma restauração.

Objetivo

O objetivo da exposição é criar uma relação dialógica com o público gerando reflexões e atitudes de preservação e restauração com o meio ambiente.

• Há neste projeto a possibilidade de promover um evento vivo de conscientização ecológica, que tendo suas raízes na exposição de obras do artista plástico Marcelo Rezende, possa se ramificar em diversas atividades como: música, palestras, apresentações teatrais e vídeo.

­­­­­­Justificativa

A iniciativa do projeto deve-se a inquietação do autor, no sentido de contribuir de maneira mais efetiva pelas comunidades por onde passa, colaborando com a educação e consciência do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza. Busca gerar um ambiente de reflexões junto ao público, especialmente aos que se encontram em fase de formação. As linguagens artísticas possibilitam esse diálogo na medida em que facilitam esse processo tornando acessíveis conceitos que não fazem parte do cotidiano.

A arte e a ecologia têm seu ponto de convergência justamente quando o homem se propõe a repensar o espaço que o circunda. Afinal, a habilidade que um sistema vivo tem de reorganização é o que faz perpetuar a vida. A pertinência desse trabalho se dá precisamente nesse vértice.

 


Público alvo

A exposição tem como público alvo, pessoas de todas as faixas etárias, ambientalistas ou não, pois a exposição tem um caráter de despertar a consciência ecológica no público provocando ações positivas.